O bom ouvinte

Olhando para grandes empresários e pessoas de alto cargo que estão acostumadas a liderar, percebemos uma tendência que elas têm de serem autoconfiantes. Apesar de não nos parecer politicamente correta, esta característica pode e tem ajudado-as em diversas situações na sua carreira, pois eleva a auto-estima e transmite uma imagem de estabilidade, de pessoa que sempre tem solução para uma situação de crise.

Mas até que ponto a autoconfiança ajuda? O maior problema é que ela traz consigo a dificuldade em ouvir, em assimilar por completo a ideia que outros tentam passar. Por mais preparado e estudado que você seja, tomar uma decisão sem antes consultar outras pessoas aumenta a probabilidade de falha. Um bom administrador, um bom empresário, ou engenheiro sabe utilizar o erro e a opinião dos outros para seu próprio crescimento.

O bom ouvinte é aquele que tenta assimilar a totalidade do que está sendo lhe falado, que procura ligar o que está sendo dito aos conhecimentos já adquiridos anteriormente em outras situações. O mau ouvinte age de maneira oposta, geralmente tem duas posições diferentes diante de uma opinião ou pergunta: quando alguém está querendo expressar uma opinião, o mau ouvinte já formula uma maneira de negar aquilo que está ouvindo assim que o locutor fala alguma palavra que possa ser interpretada como o tema do assunto. Se for o caso de alguma dúvida que alguém quer resolver, a resposta já vem à cabeça antes mesmo do término da pergunta, basta também uma palavra que aborde o tema principal.

Dos casos apresentados, em qual você se enquadra melhor? Ser bom ouvinte é aprender com os outros, não apenas consigo mesmo. Um engenheiro que sabe utilizar o melhor dos que estão à sua volta pode mudar completamente o cenário de uma obra ou empresa.

“Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha” Pv 18:13

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